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Podcast #1 - Arte é Ciência?

PodePeste entrevista Profº Sóstenes Lins

Sóstenes Lins, matemático e professor do CIN (Centro de Informática da UFPE), após vários anos de estudo, desenvolve, através de fórmulas, um conjunto de codificações de universos tridimensionais,  um tipo de DNA para atingir uma forma, uma junção de algoritmos que, quando postos em uma realidade em 3D, através do processo de estruturação manual do objeto, formam estruturas poligonais, denominadas de “UNIVS”.

 

Na prática de confecção, Sóstenes utiliza de uma relação direta entre arestas e vértices que seria uma espécie de combinatória, formando uma superfície regrada, a partir de retas paralelas e resultando na interação da forma, principalmente através de curvaturas naturais, as quais ocorrem sem mínima intervenção externa. Ele apenas as interliga para que, de maneira natural, o próprio objeto estabeleça uma forma individual.


Quando o matemático parte das formulações teóricas para a construção dos objetos, alguns com mais de mil vértices e uma grande relação de polígonos, ele almeja que a Matemática, enquanto Ciência, nesse caso, que busca tentar entender o espaço por meio de variedades tridimensionais, se torne mais receptiva e atrativa, despertando maior curiosidade daqueles que não necessariamente fazem parte desse ambiente acadêmico.

Em seu processo criativo, Sóstenes tenta trazer muito da interação do objeto final com as cores, utilizando até a natureza para atingir objetos camaleônicos, o que foi de extensa relevância na hora de escolher seus materiais. Suas peças de plástico possuem principalmente um grande contraste de cores; já suas peças feitas de metal inoxidável e em grande escala de tamanhos, trazem o dinamismo de interagir com o ambiente em que estão localizadas, devido a se assemelhar com grandes espelhos encurvados e que, em sua ideia, quando em exposição, deveriam ficar em suspensão  por um cabo de aço para que o material ainda sofra intervenções por meio do vento, o que estreita ainda mais a relação do objeto com a natureza.

Arte é Ciência? - Entrevista com Sóstenes Lins - PodePeste IFPE
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Um 9-censo de 3D-Universos, uma página da Tese de Lauro Lins em 2007: todos menos dois dos 3D-Universos induzidos por 9-blinks. Nada mais está faltando e não há duplicatas. Os dois 3D-Universos que faltam foram identificados em 2013, após um desafio colocado na Internet. Eles aparecem como incertezas na Tese. O censo acima demorou cerca de um quarto de século sendo preparado. A partir do software de Lauro, é possível associar cada BLINK a um UNIV bem determinado.

IMAGEM DE FUNDO    

Um 9-censo de 3D-Universos, uma página da Tese de Lauro Lins em 2007: todos menos dois dos 3D-Universos induzidos por 9-blinks. Nada mais está faltando e não há duplicatas. Os dois 3D-Universos que faltam foram identificados em 2013, após um desafio colocado na Internet.

Eles aparecem como incertezas na Tese. O censo acima demorou cerca de um quarto de século sendo preparado. A partir do software de Lauro, é possível associar cada BLINK a um UNIV bem determinado.

Ao estabelecer uma relação entre Arte e Matemática, faz até uma comparação inusitada, em que afirma que comprovar uma teoria seria o mesmo que criar uma obra de arte; e mais, acha uma divertida semelhança visual de alguns de seus UNIVS com criaturas, o que o levou a chamá-las de Dragão de Komodo ou o Monstro do lago Ness.

Também há alguns de seus UNIVS de metal utilizados como corpos estruturais de mesas e algumas de suas formas com grande potencial para se tornarem objetos de design como luminárias quando o assunto é viabilizá-los de maneira diretamente utilitária. Sóstenes diz também não se considerar propriamente um artista, e sim um matemático, mas fala: “Artista é aquele que representa a matemática de maneira agradável ou impactante”, coisa que, para os seus admiradores, o professor fez com maestria. 

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